segunda-feira, 21 de junho de 2010

Coisas aleatórias (Parte 2)

         Estava eu a ler as notícias do dia, quando me deparei com algumas notícias que até custam a acreditar!
        Títulos como "Esfaqueia idosa para roubar 16 €" ou "Fui espancada ao salvar um rapaz" fazem-me pensar  até que ponto é que os seres humanos estão dispostos a ir, colocando os seus supérfluos interesses à frente de qualquer coisa?
         No caso do primeiro título que referi, uma senhora de 70 recebeu de um indivíduo na casa dos 30 uma facada no abdómen só porque se recusou a entregar-lhe a carteira, no segundo caso, uma senhora, acompanhada da filha, de apenas dois anos, foi brutalmente agredida por um grupo de "esterco humano" (porque quem faz isso não pode nem merece ser considerada uma pessoa, ou pessoas, neste caso particular) porque interveio quando esse dito grupo composto por cinco pedaços de "esterco humano" agrediam a soco e pontapé um jovem de 15 anos que já sangrava pela cabeça (veja-se quanta a coragem, cinco pessoas para bater numa!). Estas notícias fazem-me pensar, "Será assim tão baixo o valor de uma vida humana ao ponto de se tentar matar por causa de 16€? Agredir só porque se impediu que continuassem a bater numa pessoa já no chão, indefesa e ferida?
         Por outro lado, há dias li outra notícia que, conjugada com estas, me deixa extremamente revoltado, cujo título era "Agente da PSP acusado de homicídio do rapper MC Snake".
         Neste caso, o senhor Nuno Rodrigues (aka Mc Snake) achou por bem fugir a uma operação stop, sendo perseguido pela PSP, que disparou primeiro para o ar, e depois na direcção do veículo com o intuito de o imobilizar. Um dos projecteis que entrou pela bagageira, perfurou o banco do "rapper" e acabou por atingi-lo. Estando agora o MP a apresentar queixa de homicídio qualificado contra este agente, eu questiono-me "Será que vale a pena ser polícia em Portugal?".
         Eu não gosto de estar constantemente a falar mal do meu país e também sei que se não fossem impostas regras à utilização das armas de fogo pela polícia, dentro de pouco tempo não saberíamos quem é a polícia e quem são os assassinos. No entanto, segundo os estatutos policiais, um policia só pode recorrer à sua arma de fogo perante: perigo, fuga de alguém armado e com explosivos ou existência de reféns.
          Pergunta muito simples: A menos que hajam reféns, um polícia só pode utilizar a sua arma se estiverem a chover balas na sua direcção?!
         Depois admiram-se que haja um crescente número de índices criminais em Portugal...
         Deixo a questão no ar: Não deveriam, os senhores que debatem essas leis, que aprovam e que julgam quem não as cumpre (por outras palavras, Assembleia da República, Presidência da Republica e Tribunais) dar um belo passeio a pé, pelo meio dos locais onde a criminalidade está presente no quotidiano das pessoas para pensarem se essas ditas leis não precisam de ser revistas?

5 comentários:

  1. E ainda te dizes apoiante do BE =)

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  2. É mais simpatizante do que apoiante, no geral, também não concordo com todas as filosofias que defendem...

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  3. oi,nao conhecia essa tua veia de blogger..:)

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  4. Simpatizante do BE? Ou das drogas leves???

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